Jack Dorsey, cofundador do Twitter (atualmente X), lançou uma aplicação de mensagens instantâneas revolucionária chamada Bitchat. Segundo o Xá das 5, esta nova app permite comunicar de forma segura através do Bluetooth, sem necessidade de conexão à internet, Wi-Fi ou dados móveis, bastando apenas que os utilizadores estejam próximos uns dos outros.
Bitchat funciona numa rede mesh local, que liga dispositivos ponto a ponto com um alcance até 300 metros, dependendo da densidade dos utilizadores na área. A aplicação destaca-se por dispensar registos, contas ou qualquer recolha de dados, eliminando completamente a necessidade de servidores ou serviços na cloud. A versão beta está disponível para iOS e já atingiu o limite de 10 mil utilizadores no TestFlight, enquanto o código-fonte para Android está acessível no GitHub.
No que toca à segurança, a app utiliza encriptação avançada baseada em Curve25519 e AES-GCM e permite criar canais privados protegidos por palavra-passe. Além disso, inclui um modo de emergência que apaga todos os dados do dispositivo com três toques rápidos na aplicação. A Bitchat não pede permissões invasivas, como acesso a contactos ou localização, reforçando o foco na privacidade do utilizador.
O conceito nasceu durante um fim de semana de “vibe coding”, uma sessão de programação assistida por inteligência artificial, segundo Dorsey. O objetivo foi criar uma app funcional, rápida e descentralizada. No entanto, a aplicação ainda apresenta algumas vulnerabilidades identificadas por investigadores de segurança, que poderão permitir a falsificação de utilizadores ou o redireccionamento de mensagens, questões que estão a ser revistas.
Longe de querer competir com plataformas como WhatsApp ou Signal, a Bitchat destina-se a contextos específicos, como manifestações, emergências ou situações onde a privacidade e o anonimato são essenciais. Inspirada no conceito do FireChat, esta nova app aposta numa comunicação offline, privada e robusta para o mundo hiperconectado de 2025.
Com esta inovação, Jack Dorsey reforça o debate sobre privacidade digital, oferecendo uma alternativa segura e autónoma para a comunicação em grupo sem depender das redes tradicionais. O futuro desta tecnologia dependerá da evolução do seu desenvolvimento e da aceitação dos utilizadores.
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