Investigação do i3S Vale Estágio em Itália a Estudante da FMUP

Press Release: Projeto sobre o melanoma e a resistência às terapias existentes convenceu o júri das bolsas de verão da Federação das Sociedades Europeias de Bioquímica.

Estudar o melanoma, a forma mais agressiva de cancro da pele, e a resistência às terapias existentes foram as bases do projeto apresentado por Cátia Santos, estudante do mestrado em Medicina Molecular e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), nas candidaturas às bolsas de verão FEBS (Federação das Sociedades Europeias de Bioquímica). A qualidade do trabalho convenceu o júri e a estudante, que está a desenvolver a sua investigação no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), vai fazer um estágio de dois meses na Universidade de Perugia, em Itália, no laboratório do investigador Marco Gargaro.

Estas bolsas, no valor de 3.500 euros, têm como objetivo promover a mobilidade entre jovens investigadores, melhorar a formação científica e incentivar colaborações em toda a Europa, pelo que este estágio de dois meses representa “uma oportunidade fantástica” para a estudante de mestrado. A nível pessoal, acrescenta, “também é muito gratificante poder integrar um novo laboratório, expandir a minha network profissional e desenvolver a minha carreira científica”.

O principal objetivo deste projeto, explica Cátia Santos, “é investigar o papel de um recetor chamado de AHR, que se sabe estar envolvido na diferenciação e proliferação de células tumorais, bem como na evasão do sistema imune, num modelo de melanoma in vivo“.

Em traços muito gerais, continua, “vamos utilizar um modelo bem estabelecido de melanoma em ratinho e injetar subcutaneamente células que foram previamente geneticamente modificadas no laboratório do i3S “Immune Sensing & Signaling Dynamics”, liderado por Pedro Moura Alves”.

Esta abordagem, explica a estudante de mestrado da FMUP, “permitirá avaliar como a expressão de alguns genes em células de melanoma influencia o perfil de sinalização deste recetor e o seu impacto no comportamento do tumor e nos tecidos adjacentes. Além disso, permitirá também avaliar o impacto do recetor AHR na regulação e infiltração de células imunes no microambiente tumoral por citometria de fluxo. Simultaneamente, e nas mesmas condições experimentais, iremos acompanhar a progressão da doença através da medição do crescimento tumoral”.

O melanoma é a forma mais agressiva de cancro de pele e os números têm vindo a aumentar na última década, sendo que em Portugal surgem anualmente cerca de 1.500 novos casos de melanoma.

“Estou muito agradecida por poder contribuir para avanços no conhecimento do AHR no contexto do microambiente tumoral, em particular, no melanoma”, sublinha Cátia Santos.

Foto: DR. 

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