Eduardo Souto de Moura Distinguido com Prémio Imperial do Japão

Press Release: Galardão atribuído pela Associação de Arte do Japão distingue o percurso profissional de excelência do arquiteto e antigo professor da FAUP.

O arquiteto Eduardo Souto de Moura, antigo docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), foi distinguido com o Praemium Imperiale 2025, atribuído pela Associação de Arte do Japão. Esta distinção, uma das mais prestigiadas no Japão, sucede à do arquiteto Álvaro Siza, laureado com o mesmo prémio em 1998.

A Associação de Arte do Japão justifica a atribuição do prémio a Eduardo Souto de Moura pela sua “abordagem profundamente enraizada no contexto físico e cultural dos lugares onde intervém”, reconhecendo ainda a forma como a sua obra promove uma reflexão contínua sobre os desafios que a arquitetura contemporânea pode e deve enfrentar. Entre os projetos destacados estão a Pousada Mosteiro de Amares (1997), o Estádio Municipal de Braga (2003) e o Museu Paula Rego (2009).

Criado em 1988, o galardão visa reconhecer figuras de destaque a nível mundial nas áreas da pintura, escultura, música, teatro/cinema e arquitetura, sendo frequentemente comparado ao Prémio Nobel das artes. 

Na edição deste ano, foram distinguidos, nas restantes categorias, o pintor Peter Doig, a artista Marina Abramovic, o pianista András Schiff e a coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker.

Este não é o primeiro reconhecimento da cultura portuguesa por parte do Praemium Imperiale. Em 2024, a pianista Maria João Pires foi uma das premiadas, juntando-se ao arquiteto Álvaro Siza, distinguido em 1998.

Instituído em 1988, o prémio visa distinguir contributos excecionais nas áreas da Pintura, Escultura, Arquitetura, Música e Teatro/Cinema, celebrando trajetórias artísticas de relevo a nível internacional. De acordo com a entidade promotora, o galardão destina-se a personalidades que, independentemente das fronteiras nacionais ou étnicas, representam de forma significativa a cultura e as artes da contemporaneidade.

A cerimónia de entrega do Praemium Imperiale 2025 está prevista para o dia 22 de outubro, em Tóquio.

Sobre Eduardo Souto de Moura

Natural do Porto, cidade onde nasceu a 25 de julho de 1952, Eduardo Souto de Moura diplomou-se em Arquitetura pela ESBAP – Escola Superior de Belas Artes do Porto (antecessora das atuais faculdades de Arquitetura e de Belas Artes da U.Porto) em 1980.

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, assinou projetos como os do mercado municipal de Braga (1980-84), a ponte Dell Accademia, em Veneza, Itália (1985), o Centro Português de Fotografia – Edifício da Cadeia da Relação do Porto (1997-2001), a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (1998-2003), parte da rede de metro do Porto (1997) ou o Estádio Municipal de Braga (2000-2003). Paralelamente, desenvolve uma vasta atividade académica em Portugal e no estrangeiro.

Eduardo Souto de Moura tem também dado um contributo significativo para o ensino da arquitetura, tendo lecionado em instituições como a FAUP, a Universidade de Harvard, a ETH de Zurique e outras escolas em várias partes do mundo.

Em 2011, foi distinguido com o Prémio Pritzker de Arquitetura, o mais importante galardão do mundo na área. Entre as inúmeras distinções que arrecadou ao longo da carreira, incluem-se ainda o Prémio Wolf (2012), o Prémio Carreira da Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo (2016), o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2018), o Prémio Arnold W. Brunner, da Academia Americana de Artes e Letras (2019), a Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes de Madrid (2023) e as insígnias de Comandante das Artes e das Letras, do Ministério da Cultura francês (2024).

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