Jorge Cabaço, Chief Marketing Officer na Dengun, explica a diferença entre AI Agents e Agentic AI — e por que motivo o futuro será feito a várias vozes, não em atos a solo.
Enquanto o mercado se adapta a uma nova geração de produtos potenciados por inteligência artificial, permanece uma confusão subtil, mas importante: a crença de que “AI Agents” e “Agentic AI” são conceitos idênticos. Jorge Cabaço, Chief Marketing Officer na agência de inovação digital Dengun, afirma que não só são diferentes, como representam dois paradigmas opostos, e que essa distinção está já a moldar a forma como se constroem sistemas inteligentes no mundo real.
“Um AI Agent é como uma máquina de café: cumpre uma tarefa com eficiência, mas apenas essa. Já uma arquitetura Agentic AI funciona como uma cozinha inteligente, coordena múltiplos agentes, ajusta-se ao contexto e antecipa necessidades. A diferença está entre executar e pensar estrategicamente.”
AI Agents: Precisão e foco, mas pouca adaptabilidade
Um AI Agent é um sistema autónomo, mas focado numa única tarefa como agendar reuniões, responder a perguntas frequentes ou classificar emails. Pode integrar alguma memória ou ferramentas, mas a sua função permanece linear e delimitada. É um assistente produtivo, mas não flexível.
Agentic AI: Um ecossistema colaborativo
Por contraste, Agentic AI é uma arquitetura onde múltiplos agentes trabalham em conjunto para alcançar objetivos mais amplos e dinâmicos. Comunicam, partilham memória, ajustam-se em tempo real e são capazes de resolver problemas complexos de forma distribuída.
Casos como sistemas de atendimento inteligente, plataformas de pesquisa de produto ou fluxos automatizados de geração de leads mostram já como equipas de agentes, orientadas por objetivos e não apenas tarefas, estão a redefinir o que é possível construir com IA.
Dengun já aplica estas arquiteturas em soluções reais
Na Dengun, elementos da lógica Agentic estão já a ser integrados em produtos digitais, incluindo ferramentas para o setor imobiliário, plataformas de validação de startups e assistentes virtuais com memória evolutiva.
“Deixámos de ver a IA como uma coleção de ferramentas. Começámos a tratá-la como uma equipa, com agentes que aprendem, colaboram e tomam decisões informadas. Isso está a transformar radicalmente os nossos fluxos de trabalho digitais.”
Não se trata de substituir seres humanos, mas de construir sistemas que raciocinam, se adaptam e colaboram, libertando-nos para fazer o que realmente importa: criar, decidir, inovar.
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