Press Release: Do rock do Porto ao melhor da arte «made in U.Porto», não faltam bons motivos para visitar o Edifício Histórico da Universidade (Reitoria) ao longo do mês.
Para quem vai de férias cá dentro, ou até para quem continua a trabalhar durante o mês de agosto, a Universidade do Porto tem uma sugestão para tornar os dias um pouco diferentes. As exposições patentes no Edifício Histórico da U.Porto (à Reitoria) continuarão de portas abertas ao público durante todo o mês de agosto. E com entrada livre.
E nada melhor do que arrancar a alta velocidade, à boleia de Uma Viagem pelo Asfalto: o Rock no Porto nos Anos 80, título da exposição que está patente no auditório da Casa Comum, até ao próximo mês de novembro.
São fotografias, cartazes, recortes de jornais, fanzines e capas de vinis de bandas como os GNR, os Taxi e os Trabalhadores do Comércio. Elementos que permitem traçar um itinerário da música, locais de culto, tribos urbanas e dos “rebeldes” dos anos 80. Um período que assistiu ao apogeu das tribos urbanas (dos punks aos rockabillys, passando pelos metaleiros, góticos, urbano-depressivos e skinheads), das fanzines alternativas e das rádios pirata onde se ouviam bandas que, na altura, se gravavam em cassete.
Locais como o (Luís) “Armastrondo”, na Ribeira do Porto, ou o “Porto Rock 85”, no Solar da Cruz Vermelha, em Massarelos, eram verdadeiras fontes de pedagogia musical, oferecendo palco e incentivando o surgimento de novas bandas. Os concertos de maior dimensão ficavam a cargo de espaços como o Pavilhão Infante Sagres, que acolheu concertos de bandas como os Jesus & Mary Chain, Lloyd Coll & The Commotions e Lene Lovich, ou até o Vale Formoso, onde os Psychedelic Furs atuaram quase em horário de matiné.
Um best of do “ecossistema criativo” da Academia
De volta ao presente e à “casa mãe” da Universidade, basta avançar para as Galerias da Casa Comum para entrar num outro universo: Gabinete de Curiosidades / Museu de Causas – Coleções Agostinho Santos é o título da exposição que reúne cerca de 200 obras, algumas delas inéditas, de 70 artistas com ligações à U.Porto.
Não faltam à chamada nomes como Graça Morais, Nadir Afonso, Zulmiro de Carvalho, Valter Hugo Mãe, Baltazar Torres e Isabel Lhano. Pelas galerias da Casa Comum, vai poder ver ainda trabalhos de Álvaro Siza Vieira, Fernando Lanhas, Ângelo de Sousa, Júlio Pomar, António Carneiro, Fernando Távora, Armanda Passos, Francisco Laranjo, Júlio Dolbeth, entre tantos outros, numa mostra “integralmente composta por alunos ou antigos alunos, docentes ou ex-docentes da U.Porto”, destaca Agostinho Santos, o colecionador e curador da exposição.
“Ao reunir desenhos, pinturas, documentos e livros de artista (alguns deles verdadeiras raridades) e promovendo a convivência de diferentes disciplinas, estéticas e gerações, a exposição valoriza o diálogo entre mestres e discípulos, mostrando como o legado artístico se transmite e se reinventa dentro e a partir da comunidade da U.Porto”, acrescenta Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura e Museus da U.Porto.
Com entrada gratuita, ambas as exposições podem ser visitadas de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 13h00, e das 14h00 às 17h30. Aos sábados, as portas da Casa Comum abrem das 15h00 às 18h00.
À saída, não esqueça de ver, no hall de entrada do edifício, o pendente em madrepérola, do século XIX, que Júlio Dinis (pseudónimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho) terá oferecido a Ana P.B. D. Simões, com quem terá trocado alguma correspondência.
Calcula-se que esta habitante da cidade de Ovar, cidade onde Júlio Dinis viveu, terá inspirado “Margarida”, uma das protagonistas do romance As Pupilas do Senhor Reitor (1867). Ao lado está um desenho de Abel Salazar que representa o “Dr. João Semana”, outra personagem retirada do livro “As Pupilas do Senhor Reitor”.
Estes objetos assinalam o arranque de um ciclo de micro-exposições alusivas às Figuras Eminentes da Universidade do Porto 2025.
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