U.Porto Pela Primeira Vez no "Top 250" Mundial do Ranking QS

Press Release: Subida de 41 lugares garante a mais alta classificação - 237.ª - de sempre da Universidade no prestigiado "QS World University Ranking". 

A Universidade do Porto acaba de garantir a sua melhor classificação de sempre no QS World University Ranking (QSWUR), considerado um dos mais completos e reputados “barómetros” do ensino superior a nível internacional. Com uma subida de 41 posições face ao ano anterior, a instituição portuense surge agora na 237.ª posição mundial, figurando, pela primeira vez, no “top 250” da avaliação realizada anualmente pela Quacquarelli Symonds (QS). 

Publicado esta quinta-feira, o QSWUR 2026 resulta da avaliação do desempenho de 8.467 instituições de ensino superior de 106 países, de acordo com nove indicadores: a reputação académica (30%), as citações por docentes (20%), a reputação entre empregadores (15%), a empregabilidade (5%), o ratio entre corpo docente e estudantes (10%), os estudantes internacionais (5%), os docentes internacionais (5%), a investigação realizada em colaboração internacional (5%) e a sustentabilidade (5%). 

Analisando a prestação da Universidade do Porto de acordo com os diferentes parâmetros de avaliação, o grande destaque vai para a presença no “top 250” dos dois indicadores mais relevantes: 212.ª universidade do mundo com melhor reputação académica (medida com base nas respostas a inquéritos de mais de 150.000 académicos); e 185.ª com maior número médio de citações por docente/investigador. 

A melhor posição da Universidade regista-se, contudo, no domínio da investigação realizada em colaboração internacional (“Rede Internacional de Investigação”), o único em que surge destacada no “top 100” – é a 94.ª classificada – a nível mundial. 

Em relação à edição anterior do ranking, são também “muito expressivos, por exemplo, o salto de 90 lugares que a Universidade do Porto deu no capítulo da ‘Sustentabilidade’, passando para o lugar 208º desse indicador, e na ‘Reputação nos Empregadores’, em que subiu 164 lugares e passou para a posição 328º”, refere Ana Camanho, Vice-Reitora da U.Porto para a Transformação Digital e Gestão da Informação. 

No capítulo da “Sustentabilidade”, Ana Camanho destaca o esforço que a Universidade tem feito, “não só para ter práticas e investimentos amigos do ambiente, mas igualmente políticas ativas que promovem a igualdade de género, os apoios sociais e as formas de gestão transparentes, abertas e participadas, entre outras medidas”. 

“Subfinanciamento das universidades prejudica o país” 

A nível global, o desempenho da U.Porto no QSWUR 2026 retoma a tendência de crescimento registada nas edições anteriores do ranking (com exceção de 2024), traduzida nas subidas de 61 lugares na edição de 2022 e de 21 lugares na edição de 2023

Em pouco mais de cinco anos, a Universidade cresce assim mais de 100 posições na avaliação anual da QS, figurando pela primeira vez no grupo restrito das 16% melhores universidades do mundo (à frente de 84,2% das universidades analisadas). 

Apesar dos bons resultados, o Reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira, chama a atenção para os indicadores que puxam a instituição para baixo neste ranking QS: é o caso da “Proporção Alunos/Docentes”, na qual a Universidade aparece num modesto 801º lugar. “O subfinanciamento a que as universidades públicas portuguesas estão sujeitas há anos, nomeadamente no investimento em ciência, prejudicam, não só a Universidade do Porto, mas todas as instituições do país na comparação internacional”. 

O mesmo se aplica à “Internacionalização do Corpo Docente”, matéria em que as universidades portuguesas não são competitivas. “Há um problema nacional de reconhecimento dos graus académicos obtidos no exterior do espaço europeu, com formalismos que dificultam a entrada de estrangeiros nos quadros das universidades”, avisa António de Sousa Pereira. 

“Mas a contratação de catedráticos no mercado internacional enfrenta outro tipo de dificuldades, como o facto de os salários pagos pelas universidades e pelos centros de investigação no nosso país não serem competitivos para atrair cientistas e investigadores com carreiras bem sucedidas”. Por outro lado, acrescenta o Reitor, “Portugal tem custos de contexto elevados, como o preço da habitação nas cidades com ensino superior”. 

Há ainda outros indicadores em que, apesar dos resultados positivos, é esperada uma subida ainda mais forte nos próximos anos. No indicador “Estudantes Internacionais”, por exemplo, a U.Porto subiu 30 lugares, não tendo ainda sido pesado no ranking da QS para 2026 a “Diversidade” de origens que se verifica na instituição. 

“A Universidade tem estudantes de mais de 100 nacionalidades e faz o que pode para alargar a sua capacidade de atrair mais geografias”, nota Ana Camanho. E acresenta: “A internacionalização tem todos os anos aumentado de ritmo, com subidas consistentes da proporção de estudantes estrangeiros em ciclos de estudo de doutoramento, de mestrado e de licenciatura”. 

EUA e Reino Unido dominam. EUGLOH na linha da frente 

Na comparação com as restantes unidades portuguesas presentes no QSWUR 2026, a U.Porto é a segunda melhor classificada, estando agora apenas a sete lugares da Universidade de Lisboa, que ocupa o 230.º lugar. 

Seguem-se as universidades Nova de Lisboa (327.ª), Coimbra (347.ª), de Aveiro (419.ª), do Minho (=566), o ISCTE (711-720), a Universidade Católica Portuguesa – UCP (781–790) e a estreante Universidade do Algarve (1001-1200). 

A nível global, o QS World University Ranking 2026 é liderado – pelo 14.º ano consecutivo – pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). No pódio, destacam-se ainda o Imperial College London (Reino Unido) e a Universidade de Stanford (EUA), que salta três lugares para a terceira posição. A Universidade de Oxford (Reino Unido) e a Universidade de Harvard (EUA) fecham o “top 5”. 

A Swiss ETH Zurich (Suiça) é a universidade mais bem posicionada (7.ª) da Europa Continental, enquanto que a Universidad de Buenos Aires (Argentina) lidera na América Latina (71.ª). A Universidade Nacional de Singapura é a universidade asiática com melhor desempenho (8.ª). 

Nota também para o bom desempenho das universidades que integram, juntamente com a U.Porto, a European University Alliance for Global Health (EUGLOH). O destaque vai para a presença da LMU Munique (Alemanha), da Universidade Paris-Saclay (França) e da Universidade de Lund (Suécia) entre as 100 melhores do mundo, ocupando as posições 58, 70 e 72, respetivamente. 

Seguem-se a Universidade de Hamburgo (Alemanha), no 193.º lugar, a Universidade de Szeged (Hungria), no 597.º, a Universidade de Tromsø – A Universidade Árctica da Noruega (UiT), no 648.º, Universidade de Alcalá (Espanha), no 697.º, e a Universidade de Novi Sad (Sérvia), no grupo das 1001-1400 melhores. 

Recorde-se que, em abril passado, a U.Porto surgia igualmente entre as melhores do mundo em 28 das áreas de estudo avaliadas na última edição do QS World University Rankings by Subject, um outro ranking da QS que classifica o desempenho das instituições por áreas do saber.

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