A Arábia Saudita está a transformar o seu deserto numa vasta central solar, num investimento estratégico que pode ter impacto nos preços globais do petróleo. Segundo a Executive Digest, esta iniciativa faz parte do programa Visão 2030, que visa reduzir a dependência do país do petróleo para geração de eletricidade e aumentar a exportação da matéria-prima.
Atualmente, 35% da eletricidade saudita ainda é gerada a partir do petróleo, uma percentagem elevada em comparação com outras nações. No entanto, o governo pretende que 50% da sua energia elétrica seja proveniente de fontes renováveis até 2030, revela o elEconomista. Para isso, está a investir em megaprojetos solares, o que poderá permitir a libertação de 450.000 barris de petróleo por dia para exportação, ajudando a conter o crescimento da procura global e a influenciar os preços.
A Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que não só a Arábia Saudita, mas também o Iraque, estão a reduzir significativamente o uso do petróleo na produção de energia. Além disso, segundo relatórios da Blackridge, a Arábia Saudita conta atualmente com sete megaprojetos solares em andamento, incluindo centrais com capacidade superior a 2 gigawatts.
A China, por sua vez, tem um papel crucial nesta transição, fornecendo grande parte dos painéis solares necessários para os projetos sauditas. Esta colaboração reforça a posição da China como parceiro estratégico na mudança energética do país, à medida que a Arábia Saudita aposta num futuro menos dependente dos combustíveis fósseis.
Nota: Imagem Ilustrativa.