A Equinor anunciou o arranque da produção no campo Bacalhau, situado na região do pré-sal da Bacia de Santos, no Brasil. O início das operações ocorreu às 22h56 (hora do Rio de Janeiro) de 15 de outubro, marcando um importante marco para a empresa norueguesa e os seus parceiros ExxonMobil Brasil, Petrogal Brasil (joint venture Galp|Sinopec) e Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA).
Com reservas recuperáveis superiores a mil milhões de barris de petróleo equivalente (boe), o Bacalhau é o maior campo offshore internacional alguma vez desenvolvido pela Equinor.
“O arranque seguro de Bacalhau representa um marco importante para a Equinor. Este projeto combina escala, eficiência de custos e menor intensidade de carbono, reforçando a longevidade da nossa produção de petróleo e gás e garantindo criação de valor para as próximas décadas”, afirmou Anders Opedal, presidente e CEO da Equinor.
O campo Bacalhau encontra-se a cerca de 185 quilómetros da costa do município de Ilhabela, no estado de São Paulo, em águas ultra profundas superiores a 2.000 metros. A unidade de produção utilizada é um dos FPSO (Floating Production Storage and Offloading) mais modernos do mundo, com 370 metros de comprimento e 64 metros de largura, e uma capacidade de produção inicial de 220 mil barris por dia.
A Fase 1 do desenvolvimento inclui 19 poços produtores e injetores, que serão progressivamente colocados em operação até à estabilização da produção. A Equinor prevê fornecer uma atualização sobre o desempenho do projeto em 2026, durante a fase de aumento de produção.
Segundo Geir Tungesvik, vice-presidente executivo de Projetos, Perfuração e Aquisições, o projeto totalizou cerca de 70 milhões de horas de trabalho, com sólidos resultados de segurança. “Com a sua dimensão, profundidade e baixa intensidade carbónica, Bacalhau é um testemunho das nossas capacidades de engenharia e da nossa competência para operar internacionalmente”, sublinhou o responsável.
O FPSO de Bacalhau está equipado com turbinas a gás de ciclo combinado (CCGT), tecnologia que reduz significativamente as emissões de carbono. A intensidade de CO₂ esperada é de cerca de 9 kg por boe, estabelecendo um novo padrão para a produção em águas profundas com menor impacto ambiental.
“O Brasil é uma área central para a Equinor, e Bacalhau será um contributo essencial para a meta de gerar mais de 5 mil milhões de dólares em fluxo de caixa livre até 2030 a partir do nosso portefólio internacional. O projeto também trará benefícios duradouros para a economia brasileira, com a criação de aproximadamente 50 mil empregos ao longo dos seus 30 anos de vida útil”, destacou Philippe Mathieu, vice-presidente executivo para Exploração e Produção Internacional.
Na fase inicial, a unidade FPSO será operada pela MODEC, empresa contratada para a construção e operação da plataforma. Posteriormente, a Equinor assumirá a operação direta das instalações até ao final do período de concessão.
Factos sobre o campo Bacalhau
- A descoberta do campo foi feita pela Petrobras em 2012.
- A Equinor tornou-se operadora em 2016.
- É o primeiro desenvolvimento de campo do pré-sal brasileiro liderado por uma operadora internacional.
- Localização: 185 km da costa de Ilhabela (SP), em águas com mais de 2.000 m de profundidade.
- Fase 1: reservas superiores a 1 milhar de milhão de barris, capacidade de 220.000 boe/dia.
- Parceiros: Equinor (40%), ExxonMobil Brasil (40%), Petrogal Brasil (20%), e PPSA (empresa estatal, gestora do PSA).
Equinor no Brasil
A Equinor opera no Brasil há mais de duas décadas, sendo o país uma das suas principais áreas estratégicas de crescimento a longo prazo. Além de Bacalhau, a empresa lidera o projeto Raia, outro grande desenvolvimento em águas ultraprofundas, com início de produção previsto para 2028. Paralelamente, a companhia está a expandir os seus investimentos em energias renováveis, através da subsidiária Rio Energy, que já possui ativos em operação e novos projetos em desenvolvimento.
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