Press Release: Anozero vai decorrer de 11 de abril a 5 de julho de 2026, em vários espaços de Coimbra. A informação foi avançada na conferência de imprensa para apresentação do tema e curadores do Anozero - Bienal de Coimbra, que decorreu a 16 de julho no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
A próxima Bienal inspirou-se na reconstituição da língua que terá estado na origem da maioria das línguas da Europa e da Ásia Central. “A ideia para a exposição começou com a contemplação da linguagem proto-indo-europeia”, explica Hans Ibelings, curador do Anozero 2026. O tema ‘Segurar, dar, receber (To hold, to give, to receive)’ é o significado do termo proto-indo-europeu ghabh, que deu origem à palavra habitat.
John Zeppetelli, também curador, explica que os três verbos que compõem o tema podem vir a ter um espaço para cada uma das ações (segurar, dar, receber) e a exposição ser “elaborada através de um itinerário dos diferentes espaços”.
A proposta curatorial, segundo a organização, propõe uma reflexão profunda sobre os modos como arte, arquitetura e experiência pública podem construir um habitat simbiótico, anárquico e horizontal — um espaço de relação entre obra, artista e visitante, fundado na reciprocidade e na partilha.
O diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Carlos Antunes, vê a aposta na arquitetura como uma “oportunidade extraordinária”, porque “pode concretizar a ideia de termos um plano de ação a partir do Anozero para a cidade”.
A Bienal apresenta-se como um programa de ativação e reflexão sobre espaços patrimoniais, cujo momento fundador foi a classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, em 2013.
O Vice-Reitor para a Cultura e Ciência Aberta da Universidade de Coimbra, Delfim Leão, lembra que é “conhecido o caráter altamente diferenciador e distintivo desta Bienal”, que tem “a Universidade como um dos seus promotores de base”.
Com uma década de existência e vivendo um pouco por toda a cidade, a iniciativa é organizada pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e Universidade de Coimbra.
“Já hoje não imaginamos a arte e a cultura em Coimbra sem a Bienal”, de tal maneira está integrada na cidade, refere o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.
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