Press Release: O Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra é o único centro colaborador da Agência Internacional de Energia Atómica a nível mundial na área da radiofarmácia.
O Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra (UC) renovou o título de Centro Colaborador com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) até 2028. Deste modo, o ICNAS prolonga o trabalho que presta na área da produção e investigação e desenvolvimento de radioisótopos e radiofármacos com a AIEA, organismo da Organização das Nações Unidas que trata da utilização pacífica das radiações.
Para o Reitor da Universidade de Coimbra, a renovação do título de Centro Colaborador é um motivo de orgulho, "é um reconhecimento do que se tem feito, e tem sido um excelente trabalho". Amílcar Falcão destaca o empenho do ICNAS, "que trabalha dia e noite, todos os dias, num trabalho árduo, cientificamente na linha da frente e, por isso, temos de estar orgulhosos do que estamos a fazer". Dos 78 centros com que a Agência Internacional de Energia Atómica colabora, "apenas um é da área da radiofarmácia, que é o ICNAS", reforça o Reitor da UC.
Durante a cerimónia, a Vice-Diretora da AIEA, Najat Mokhtar, entregou oficialmente a Placa de Centro Colaborador da Agência Internacional de Energia Atómica ao Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde. A também Chefe do Departamento de Ciências Nucleares e Aplicações fez questão de agredecer todo o apoio do ICNAS, em especial no que toca à formação de técnicos especialistas "que vêm aprender a produzir estas substâncias que salvam vidas". Najat Mokhtar considera, por isso, ser "um orgulho ter o ICNAS a ajudar a AIEA a ajudar o mundo".
O ICNAS é atualmente “o único que teve a qualificação necessária e, obviamente, também o empenho e a dedicação para assumir este papel que é exigente", sublinha o seu diretor, Antero Abrunhosa.
No acolhimento de formandos, o ICNAS garante "tempo para os acompanhar" devidamente e atribui-lhes funções "com o objetivo de aprenderem, voltarem para os seus países e desenvolverem estas tecnologias". Em África, "70% dos países não têm acesso a estas tecnologias nucleares na saúde", alerta o diretor do ICNAS. "Estas técnicas de imagem são absolutamente fundamentais para o diagnóstico” e a “terapêutica", área que promete ser "o foco principal do ICNAS nos próximos anos", adianta Antero Abrunhosa.
O Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde e a Agência Internacional de Energia Atómica têm uma longa história de colaboração. Ao longo da última década, o ICNAS apoiou mais de 30 atividades da AIEA, incluindo bolsas de estudo, visitas científicas e cursos de formação, envolvendo um total de 100 formandos de 20 países. Além da transferência de conhecimento, os investigadores do ICNAS participam em reuniões técnicas da AIEA e realizam missões internacionais de colaboração.
Em 2020, o ICNAS oficializou a parceria, tendo sido constituído como Centro Colaborador, título que agora prolonga até 2028. O Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da UC é o único Centro Colaborador da Agência Internacional de Energia Atómica a nível mundial na área da radiofarmácia.
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