Press Release: O malware mais procurado em maio: SafePay assume a posição de liderança nas ameaças cibernéticas.
Os cibercriminosos estão cada vez mais sofisticados, com o grupo de ransomware SafePay a emergir como uma das principais ameaças. FakeUpdates continua a ser uma ameaça persistente à escala global.
A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), pioneira e líder mundial em soluções de cibersegurança, divulgou o seu Índice Global de Ameaças relativo ao mês de maio de 2025, destacando o grupo SafePay, um grupo de ransomware relativamente recente e em rápida ascensão.
Este grupo conseguiu ultrapassar todas as outras ameaças este mês, surgindo como o ator mais prevalente na lista de grupos de ransomware, utilizando uma estratégia de dupla extorsão. O FakeUpdates mantém-se como o malware mais disseminado, afetando organizações em todo o mundo. O setor da Educação continua a ser o mais visado, refletindo vulnerabilidades persistentes nas instituições.
Lumma ainda é uma ameaça
Em maio, a Europol, o FBI, a Microsoft e outros parceiros lançaram uma operação de grande escala contra o Lumma, uma das principais plataformas de malware-as-a-service. A operação resultou na apreensão de milhares de domínios, causando uma interrupção significativa.
No entanto, os servidores centrais do Lumma, alegadamente sediados na Rússia, permaneceram operacionais e os programadores conseguiram restaurar rapidamente a infraestrutura. Apesar disso, a ação causou danos de reputação ao utilizar táticas psicológicas como phishing e fomentar a desconfiança entre os seus utilizadores.
Embora a perturbação técnica tenha sido relevante, os dados relacionados com o Lumma continuam a circular, levantando preocupações sobre o impacto a longo prazo desta operação.
Situação nacional a piorar
Em Portugal, a liderança do passado mês de maio pertenceu ao FakeUpdates, com um total de 7,01% das ameaças registadas a nível nacional, sendo seguido pelo Remcos com 3,22% e pelo Androxgh0st com 3,45%. O anterior líder, AgentTesla, não conseguiu melhor que a sexta posição, com apenas 1,49% de todas as ameaças registadas.
Em termos de ranking global, Portugal piorou a sua situação, encontrando-se atualmente no 45.º lugar, após perder cinco posições, demonstrando que há cada vez mais ameaças a cidadãos e empresas portuguesas. O setor mais afetado continua a ser o da Educação/Investigação.
Segundo Lotem Finkelstein, Diretor de Threat Intelligence da Check Point Software:“ Os dados do Global Threat Index de maio destacam a crescente sofisticação das táticas dos cibercriminosos. Com o crescimento de grupos como o SafePay e a ameaça persistente do FakeUpdates, é essencial que as organizações adotem medidas de segurança proativas e em várias camadas. À medida que as ameaças evoluem, torna-se crucial antecipar os ataques com inteligência em tempo real e defesas robustas.”
Principais famílias de malware a nível mundial
(As setas indicam uma mudança na classificação em relação ao mês anterior)
- ↔ FakeUpdates – Também conhecido como SocGholish, é um downloader de malware identificado pela primeira vez em 2018. Propaga-se por downloads em sites comprometidos, incitando os utilizadores a instalar falsas atualizações. Está associado ao grupo russo Evil Corp e serve de porta de entrada para cargas maliciosas secundárias.
- ↔ Remcos – Trojan de acesso remoto (RAT) distribuído por documentos maliciosos em campanhas de phishing. Concebido para contornar mecanismos de segurança do Windows e executar código com privilégios elevados.
- ↑ Androxgh0st – Malware baseado em Python que explora ficheiros .env expostos em aplicações com Laravel, roubando credenciais de serviços como AWS, Office 365 e Twilio. Opera através de botnets e permite instalação de mais malware ou mineração de criptomoedas.
Principais famílias de malware em Portugal
- ↑ FakeUpdates – Versão codificada em JavaScript, encripta a carga útil antes da execução. Leva à instalação de malwares adicionais como GootLoader, Dridex, NetSupport, DoppelPaymer e AZORult.
- ↑ Remcos – RAT que contorna mecanismos UAC do Windows. Geralmente distribuído por anexos de SPAM.
- ↑ Androxgh0st – Tal como a nível mundial, explora vulnerabilidades em sites baseados em Laravel e extrai dados sensíveis para posterior exploração.
Principais malwares móveis a nível mundial
- ↔ Anubis – Trojan bancário para Android. Com capacidades como keylogging, ransomware e bypass de MFA. Distribuído por apps maliciosas na Play Store.
- ↔ AhMyth – RAT para Android disfarçado de apps legítimas, capaz de roubar dados bancários, capturas de ecrã, áudio e vídeo.
- ↑ Necro – Downloader malicioso presente em apps como Spotify e WhatsApp modificadas. Pode instalar apps de terceiros e inscrever o utilizador em serviços pagos.
Setores mais atacados a nível mundial
- Educação/Investigação
- Administração Pública/Defesa
- Telecomunicações
Principais indústrias atacadas em Portugal
- Educação/Investigação
- Administração Pública/Defesa
- Telecomunicações
Principais grupos de ransomware
Com base em dados de shame sites, os grupos de ransomware mais ativos são:
- SafePay – Surgido em novembro de 2024, atua com dupla extorsão (encriptação e exfiltração de dados). Embora não seja um serviço RaaS, tem um número elevado de vítimas e uma estrutura centralizada, com possível origem na Rússia.
- Qilin (Agenda) – Modelo RaaS, ativo desde julho de 2022, ataca principalmente os setores da saúde e educação. Desenvolvido em Golang.
- Play (PlayCrypt) – Desde junho de 2022, já afetou mais de 300 organizações. Explora credenciais comprometidas e falhas em VPNs Fortinet SSL. Usa técnicas como LOLBins para evasão e extração de dados.
Para aceder ao Índice Global de Ameaças de maio de 2025 completo e outras informações, visite o Blogue da Check Point.
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