Estudante da U.Porto Conquista Bolsa Para Estudar Leucemia Mielóide Aguda

Press Release: Bolsa atribuída pelo Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) vai permitir a Carolina Pereira realizar um estágio de duas semanas na Alemanha.

A estudante Carolina Pereira, do programa doutoral em Biologia Molecular e Celular do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), a realizar investigação no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), foi recentemente distinguida com uma bolsa “Christian Boulin” do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), para fazer um estágio de duas semanas nesta instituição na Alemanha.

O objetivo do projeto de Carolina Pereira é contribuir para o desenvolvimento de novas terapias que consigam eliminar de forma eficaz as células da leucemia mielóide aguda, um tipo de cancro do sangue agressivo.

Sob orientação do investigador Delfim Duarte, líder do grupo do i3S «Hematopoiesis and Microenvironments» e hematologista no IPO-Porto, e no âmbito de um projeto coordenado por este cientista que foi financiado pela Worldwide Cancer Research com 235 mil euros, Carolina Pereira vai fazer a sequenciação de ácidos nucleicos, com recurso a uma tecnologia muito sensível, denominada “single-cell RNA-sequencing”, na plataforma de genómica daquela unidade de investigação em Heidelberg.

No grupo de investigação do i3S, explica a estudante, “estudamos a interação das células de leucemia mielóide aguda (LMA) com células saudáveis da medula óssea, o local onde o sangue é produzido. Estudos anteriores mostraram que as células de suporte (não malignas) que estão presentes na medula óssea durante o desenvolvimento da leucemia podem ser chave para tentar manipular a progressão da doença e resistência à terapia”.

Recentemente, com o apoio financeiro da Worldwide Cancer Research, acrescenta Carolina Pereira, “desenvolvemos um modelo de ratinho de leucemia que nos permite mapear as interações entre estas diferentes células, isto é, leucémicas e de suporte, em diferentes fases da doença. Com este modelo conseguimos isolar uma população muito rara de células de suporte na medula que onde se localizam as células de LMA resistentes à quimioterapia”.

Esta bolsa, explica a estudante, “permitir-me-á viajar até à EMBL de Heidelberg e realizar em primeira mão a análise desta população rara e única de células que isolamos. Irei aprender a utilizar tecnologia de ponta, que será seguramente um reforço muito positivo das minhas skills laboratoriais, bem como uma excelente oportunidade de crescimento profissional”.

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