Base de Dados Europeia de Vulnerabilidades: Um Passo Firme Rumo à Resiliência Digital Partilhada

Press Release: Peter Sandkuijl, VP Sales Engineering EMEA na Check Point Software, partilha a sua visão sobre a importância da EUVD e o caminho para uma cibersegurança colaborativa e eficaz.

O lançamento da Base de Dados Europeia de Vulnerabilidades (EUVD) pela ENISA representa um passo significativo na ambição europeia de alcançar soberania digital e reforçar a resiliência estrutural contra ciberameaças. Num momento em que as tensões geopolíticas e as ameaças digitais andam de mãos dadas, a Comissão Europeia demonstra não apenas ambição, mas também uma compreensão profunda do cerne do problema: quem detém a informação sobre vulnerabilidades de cibersegurança possui uma chave essencial para a segurança digital.

A chegada da EUVD é particularmente oportuna. A fragilidade de sistemas existentes, como a base de dados de vulnerabilidades CVE gerida pela norte-americana MITRE, tornou-se evidente recentemente, quando questões de financiamento colocaram a sua continuidade em risco. Imagine um cenário em que todo um ecossistema de empresas e governos fica, de repente, privado de informações críticas sobre ciberameaças. É compreensível que a Europa não queira continuar dependente dessa realidade.

Transparência: a base da prevenção

Transparência, acessibilidade e rapidez são pilares fundamentais para uma defesa cibernética eficaz. Uma base de dados europeia bem gerida pode ajudar as organizações a responder de forma mais rápida e precisa, sobretudo se incluir informações contextuais, como o estado de exploração, a análise de impacto e as orientações para mitigação.

Hoje, as organizações enfrentam uma avalanche de alertas, CVEs e potenciais ameaças. O problema não é a falta de dados, mas a falta de clareza, de prioridades e de informação prática. Uma abordagem europeia pode ajudar a transformar este dilúvio de dados em conhecimento útil, adaptado à nossa realidade económica e tecnológica.

Soberania não pode significar isolamento

É compreensível que a Europa queira ter a sua própria base de dados. Mas há um risco real de fragmentação. Se a MITRE, a EUVD e sistemas específicos de fornecedores coexistirem sem alinhamento, corremos o risco de inconsistências, atrasos e confusão — um cenário que não podemos permitir.

Um modelo sustentável para o futuro deve, por isso, assentar na interoperabilidade, em normas abertas e em integrações via API, garantindo a troca de informação em tempo real e evitando esforços duplicados. O ideal seria evoluirmos para um sistema interligado, sincronizado, onde bases de dados regionais colaboram num quadro global coerente.

O papel das empresas de tecnologia

Empresas de cibersegurança como a Check Point têm um papel fundamental a desempenhar. Dispomos de inteligência de ameaças em tempo real, conhecimento aprofundado sobre o comportamento de exploits e uma vasta experiência em resposta e mitigação. Esse conhecimento, sob acordos claros de privacidade e governação, pode ser canalizado para sistemas públicos como a EUVD.

Existe espaço para um modelo de colaboração entre o setor público e o privado, onde os fornecedores contribuem com telemetria anonimizada, classificação de vulnerabilidades e participam em conselhos consultivos para uma formulação de políticas pragmática.

Da visão à realidade: o caminho a percorrer

Criar uma base de dados deste tipo não é tarefa simples. Exige financiamento, claro, mas também capital humano, coordenação internacional e anos de aperfeiçoamento. Além disso, é necessário gerir cuidadosamente o equilíbrio entre rapidez e segurança: ninguém quer que uma vulnerabilidade crítica seja publicada demasiado cedo ou de forma incompleta.

Ainda assim, não devemos moderar a nossa ambição — pelo contrário. A EUVD é mais do que uma ferramenta técnica; é um sinal estratégico: a Europa quer assumir o controlo do seu futuro digital e reforçar a sua resiliência cibernética. Mas devemos fazê-lo com visão, colaboração e sempre com o foco no utilizador final: as organizações que precisam de se proteger.

Para tal, a iniciativa da base de dados deve ser garantida para o futuro, não apenas através de um financiamento estável, mas também assegurando que a sua importância estratégica está integrada na agenda digital de longo prazo da União Europeia. Uma economia digital forte só sobrevive se conseguir proteger-se de forma adequada. E à medida que o valor da nossa economia cresce, também cresce a pressão de quem procura explorá-la.

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A Check Point Software Technologies Ltd (www.checkpoint.com) é um fornecedor líder de plataformas de cibersegurança alimentadas por IA e fornecidas na cloud, protegendo mais de 100.000 organizações em todo o mundo. A Check Point aproveita o poder da IA em todo o lado para melhorar a eficiência e a precisão da cibersegurança através da sua Plataforma Infinity, com taxas de captura líderes na indústria, permitindo uma antecipação proativa de ameaças e tempos de resposta mais inteligentes e rápidos.

A plataforma abrangente inclui tecnologias fornecidas pela cloud que consistem em Check Point Harmony para proteger o espaço de trabalho, Check Point CloudGuard para proteger a cloud, Check Point Quantum para proteger a rede e Check Point Infinity Core Services para operações e serviços de segurança colaborativos.

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