O motor VR6, um dos mais icónicos da Volkswagen, teve sua produção finalizada no dia 12 de dezembro de 2024, marcando o fim de uma era que começou em 1991. Foram quase 1,87 milhões de unidades fabricadas ao longo de mais de três décadas.
Um marco na engenharia
O VR6 foi apresentado pela primeira vez em modelos como o Volkswagen Corrado e o Passat B3, com 2,8 litros, 174 cv e uma configuração que inovou ao combinar características de motores em linha e em V. O nome VR6 vem da combinação do termo alemão "Reihenmotor" (motor em linha) com "V", indicando o ângulo entre os cilindros. O seu ângulo de apenas 15º permitiu o uso de uma única cabeça de cilindro e duas árvores de cames, simplificando a construção e reduzindo os custos, além de torná-lo compacto o suficiente para ser instalado em carros de tração dianteira e motor transversal.
Aplicações diversificadas
O VR6 equipou uma ampla gama de veículos do grupo Volkswagen, desde hot hatches, como o emblemático Golf R32 (3,2 litros, 250 cv), até minivans como o Sharan e o primeiro SUV da Porsche, o Cayenne. Ele também foi adaptado para autocaravanas e até inspirou motores mais complexos, como o W8, W12 e o lendário W16 da Bugatti.
O último adeus
Apesar do seu histórico impressionante, o último VR6 foi instalado num modelo menos desportivo do que os entusiastas poderiam desejar: o Audi Q6, um SUV vendido exclusivamente na China. Esse motor de 2,5 litros, equipado com turbo, desenvolve 300 cv e 500 Nm, representando a despedida de um dos motores mais versáteis e celebrados da indústria automóvel.
A Volkswagen agradece aos entusiastas e usuários que ajudaram a consolidar o legado do VR6 ao longo desses 34 anos.
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